Você sabe o que é caviar?

Com essa pergunta, Zeca Pagodinho inicia o refrão de uma das músicas mais questionadoras do seu amplo repertório. Esses últimos dias fiz uma apresentação do Recursos Humanos para a Direção e outros gestores, e usei exatamente esta estofre para iniciar a apresentação.

O refrão da música, nos chama atenção para o sentido do paladar. Um sentido que utilizamos muitas vezes ao dia e ao qual nem sempre damos a devida atenção mas que é fundamental para a nossa sobrevivência. É ele que nos permite realizar de forma eficaz uma das necessidades elementares do ser humano: comer! Utilizando um artigo de Vanilso Luiz Zugno ( Frei capuchinho, Doutor em Teologia) fiz um comparativo do Recursos Humanos aliado a este refrão. Sem comer, morremos por inanição. Mas também não podemos comer qualquer coisa. Comer sem critério, também pode levar à morte. Não apenas porque podemos comer demais. E esse é um dos grandes males da atualidade, a obesidade. Mas também porque podemos comer algo que faça mal à nossa saúde.

A função do paladar é selecionar aquilo que comemos. Através desta seleção básica, o corpo identifica o que é bom para ser comido e o que pode fazer mal ao corpo. Assim como fazemos em RH, selecionamos e dentre milhares de indicadores avaliamos e analisamos demandas estratégicas diversas para crescimento e treinamento das pessoas , a premissa inicial é gerir pessoas, capacitar, orientar, tudo isso com base em experiências reais e ainda vivenciando cases extremamente úteis para escrever um livro! O que nós somos? Provemos às pessoas e oportunidades reais de aumentar seu conhecimento e alinhá-lo às demandas da estratégia. Apoiamos pessoas em aprender a aprender, em absorver novos conhecimentos, em colocar em dúvida todas as suas certezas no intuito de que sua consciência cresça, de que sua capacidade de analisar dados, transformá-los em informações e daí para conhecimento aplicável, com resultados tangíveis, seja um objetivo a ser perseguido. Orientamos e damos todo o suporte as Direções e gestões quanto a Indicadores de suma importância, a cada filho que nasce poderíamos colocar o nome deles se for menino, de ” excel” ” macro” , se for menina ‘planilha e turnover” , etc.

Mas, além do gosto, existe também o sabor. Gosto e sabor não são a mesma coisa. O gosto é a reação química do corpo diante do que é colocado na boca. Sabor, é algo mais complexo. É a combinação do gosto com outros sentidos – a visão, o tato e o olfato – e com toda uma aprendizagem do que é agradável e desagradável. Por isso, há comidas que são amargas e consideradas saborosas; outras, também amargas, consideradas como não saborosas. E a mesma comida ou bebida, para um grupo social pode ser considerada saborosa enquanto para outro é asquerosa. Tudo é uma questão de aprendizagem. Li há uns anos atrás um artigo de Talitha Jacob e num dos trechos ela dizia ” Recentemente eu fiz um contato em uma conferência. Esse senhor começou sua carreira como um engenheiro aeronáutico, depois migrou para a área financeira e agora trabalha em RH. Eu perguntei a ele sobre essa transição para o RH, e eu adorei esse trecho da sua fala:

“Eu fiquei surpreso sobre quão difícil RH é. Desenhar aviões que não caiam é muito mais fácil que ser gerente de RH.”

Voltando a Zeca Pagodinho, há gente que faz questão de dizer que come caviar e toma champanhe francês. Outros, preferem arroz, feijão, ovo frito e torresmo. Os primeiros, normalmente, o fazem por opção. Os segundos, os que comem todo dia feijão, arroz e ovo frito, normalmente o fazem porque não tem outra opção, ou porque adoram mesmo!

Encerro esta reflexão pontuando que o profissional de RH , que está dentro do RH, ama o paladar, esse sabor é maravilhoso , como profissionais de RH, nós devemos manter tudo isso muito balanceado. Amo meu trabalho, temos a oportunidade de parar e perceber quantos objetivos através do capital humano pudemos alcançar, vemos pessoas crescendo a cada dia, amadurecendo e observamos as empresas crescerem através das pessoas, e nós estamos crescendo também e isso é recompensador. RH é missão !